Quem é amante da literatura brasileira deve conhecer a biografia de Machado de Assis. Escritor de diversos romances, poesias, contos e peças de teatro, suas obras ultrapassaram o tempo e, ele, até os dias atuais, é um dos mais admirados do mundo. A seguir você vai poder conhecer mais sobre a sua trajetória profissional e toda a sua obra.
Muitos estudiosos afirmam com veemência que Machado de Assis sempre foi um dos maiores nomes da literatura brasileira. Suas obras podem ser encontradas em diferentes segmentos, desde romances até folhetins.
Em sua vida, pôde presenciar diferentes mudanças que ocorreram no país. Viu a Abolição da Escravatura, o Império ser substituído pela República e outras reviravoltas bem significativas e que impactam o mundo até hoje.
Conheça a biografia de Machado de Assis
Os brasileiros, por causa da história de abusos e roubos que o Brasil sofreu, têm a tendência de valorizar apenas as obras de artistas estrangeiros. Se soubéssemos de fato quantos artistas brasileiros importantes temos em nosso território, esse modelo de pensamento com certeza seria diferente.
Na Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi o primeiro a ocupar o cargo de presidente. Autor completo, escreveu dezenas de romances, poesias, contos, crônicas e outras obras que podem ser consultadas facilmente pelos brasileiros.
Como foram os primeiros anos de vida?
Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis, teve grande importância para a literatura brasileira.
Na biografia de Machado de Assis podemos constatar que o seu nascimento se deu no Rio de Janeiro, mais precisamente no dia 21 de julho de 1839.
Não era de família rica. Filho de uma portuguesa lavadeira chamada Maria Leopoldina Machado de Assis e de um brasileiro, cuja profissão era pintar paredes, chamado Francisco José de Assis, cresceu no meio da pobreza, ficando órfão de mãe logo cedo.
Logo em seguida, seu pai se casou novamente e ele, para ajudar no sustento da casa, abandonou a escola pública, com a qual teve pouco contato, e saiu para vender doces.
Passagem pela Academia Brasileira de Letras
Seu pai morreu logo, deixando-o sozinho no mundo bem jovem, com apenas 12 anos. Com grandes dons intelectuais, aprendeu francês graças a uma amiga. Em 21 de janeiro de 1855, seu poema “Ela” foi publicado pela primeira vez na Revista Marmota Fluminense.
Em 1856 começou a trabalhar na Tipografia Nacional no cargo de aprendiz de tipógrafo. Foi nesse ano que ele conheceu Antônio de Almeida, escritor do qual virou grande amigo anos mais tarde.
A ascensão profissional de Machado de Assis era inevitável, então, em 1858 tornou-se revisor da Livraria Francisco de Paula Brito.
Foi nessa época, com 19 anos, que começou a frequentar a boemia no Rio de Janeiro, colaborando com grandes revistas e jornais, tais como o Jornal do Comércio, Gazeta de Notícias e Revista Ilustrada.
Foi em 1864 que o primeiro livro que escreveu só com poesias foi publicado, recebendo o nome de “Crisálidas”.
Na biografia de Machado de Assis, é possível saber muito de sua vida pessoal e, principalmente, profissional. Suas obras são importantes até hoje para diferentes fases acadêmicas.
Machado de Assis se tornou funcionário público em 1867 e, por indicação de Quintino Bocaiuva, grande jornalista e político da época, foi redator oficial do Diário Oficial. Anos mais tarde se tornaria, através de uma promoção, diretor do jornal.
Mesmo com tanto apoio e promoções ao longo da carreira, uma se tornou especial e fez toda a diferença na sua vida profissional. Sua mulher, com quem se casou em 1869, foi a maior apoiadora para que continuasse a sua carreira literária.
A biografia de Machado de Assis conta que Carolina Augusta Xavier de Novais foi a maior fomentadora e uma das responsáveis para que o romance “Ressurreição” fosse publicado em 1872.
Com uma carreira considerada meteórica, em 1873 ocupou o cargo de Secretário da Agricultura, assumindo rapidamente, anos mais tarde, o cargo de chefia.
Com tantos cargos de chefia alcançados de forma rápida graças a sua competência, ganhou do Imperador o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa. Esse prêmio foi uma forma de agradecimento aos seus serviços prestados às letras nacionais.
Em 1896, a Academia Brasileira de Letras é criada e, com unanimidade de votos, tem como presidente Machado de Assis. Ele, na verdade, foi um dos seus fundadores. A cadeira ocupada por ele foi a de número 23.
E as homenagens não pararam por aí. A Academia recebe o nome de “Casa de Machado de Assis” em agradecimento a ele.
Como foi a sua morte?
Joaquim Maria Machado de Assis sofria de epilepsia e, depois da morte da sua esposa em 1904, de quem recebia todos os cuidados, nunca mais saia de casa.
Sua mulher tinha um papel fundamental na sua vida. Ela era a revisora de toda a sua obra e, além disso, seu grande amor. Esse amor pode ser constatado no poema de sua autoria, chamado “A Carolina”.
Não tardou para que o seu corpo começasse a adoecer e então falecer na data 29 de setembro de 1908. Seu enterro aconteceu no cemitério de São João Batista.
Obras de Machado de Assis
Ele foi um dos maiores e mais importantes escritores que o Brasil já teve. São inúmeros poemas, poesias, contos e romances escritos por ele. Listamos algumas obras suas principais apenas para “dar um gostinho” e você poder conhecer um pouco mais!
Confira a seguir mais algumas informações sobre a biografia de Machado de Assis:
Teatro
- Teatro em 1861: Desencanto;
- Teatro em 1861: Queda que as mulheres têm pelos Tolos;
- Teatro em 1864: Quase Ministro;
- Teatro em 1866: Os Deuses de Casaca;
- Teatro em 1881: Tu, Só Tu, Puro Amor;
Contos
- Crisálidas, poesia, 1864;
- Conto em 1870: Contos Fluminenses;
- Conto em 1873: História da Meia Noite;
- Conto em 1882: Papéis Avulsos;
- Conto em 1882: O Alienista;
- Conto em 1884: Histórias Sem Data;
- Conto em 1889: Páginas Recolhidas;
- Conto em 1906: Relíquias da Casa Velha;
- Conto em 1896: Várias Histórias.
Poesia
- Poesia em 1870: Falenas;
- Poesia em 1875: Americanas;
- Poesia em 1901: Poesias Completas.
Romance
- Romance em 1872: Ressurreição;
- Romance em 1874: A Mão e a Luva;
- Romance em 1876: Helena;
- Romance em 1878: Iaiá Garcia;
- Romance em 1881: Memórias Póstumas de Brás Cubas;
- Romance em 1891: Quincas Borba;
- Romance em 1899: Dom Casmurro;
- Romance em 1904: Esaú e Jacó;
- Romance em 1908: Memorial de Aires.
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