Quando o Brasil ainda era um Império, havia uma princesa que se chamava Isabel. Ela era filha de D. Pedro II, o Imperador, e foi responsável por assinar algumas leis na época – como a Lei do Ventre Livre e a mais conhecida até hoje, a Lei Áurea.
Ela ficou conhecida como a princesa que acabou com a escravidão no Brasil e por ser a última princesa da época de Brasil Império.
A Princesa Isabel tinha uma irmã, chamada Leopoldina, que também era filha de D. Pedro II e princesa do Brasil.
Isabel chegou a ser considerada a responsável pelos cuidados ao Brasil quando seu pai precisava estar em Portugal e, quando o Brasil conquistou sua independência, ela e sua família foram exilados do país.
Essa é a história resumida da história da Princesa Isabel, princesa do Brasil, e agora podemos conhecer mais através de sua biografia. Confira.
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Biografia da Princesa Isabel
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, nasceu no dia 29 de julho de 1846, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro. Ela, como uma pessoa que pertencia à realeza, nasceu no Palácio Imperial de São Cristóvão.
Seus pais eram o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Tereza Cristina. Ela foi a terceira dos quatro filhos de D. Pedro II, mas acabou que, com a morte dos dois filhos mais velhos do Imperador (Afonso Pedro, que morreu em 1846, e Pedro Afonso, que morreu em 1850) ela se tornou a herdeira do trono e princesa imperial.
Como foi citado, ela ainda teve uma irmã que era a caçula da família e que era uma de suas grandes amigas na vida, a princesa Leopoldina.
A pessoa responsável pelos estudos da princesa e herdeira do trono, assim como de sua irmã, era a Condessa de Barral, filha do Embaixador Domingos Borges de Barros. Muitas pessoas estavam envolvidas nos planos de estudos, entre eles o Visconde de Pedra Branca.
A Princesa Isabel era uma pessoa dedicada e amava praticar seus aprendizados em diversas matérias, que incluíam o estudo dos Evangelhos.
Como herdeira do trono e católica, em seus 14 anos de idade, exatamente no dia 29 de julho de 1860, a Princesa Isabel precisou fazer um juramento que consistia em “manter a religião católica, observar a constituição política do país e ser obediente às leis e ao Imperador”.
Sabemos que a religião era algo de grande importância na época, e que fez parte de boa parte da história de nosso país, por isso era importante realizar esse juramento perante os presentes.
Como pessoas da realeza, e que poderiam subir ao trono um dia, tanto a Princesa Isabel quanto sua irmã começaram a ser sondadas para se casarem. Com isso, muitos pretendentes começaram a chegar ao Brasil. Eles eram europeus, assim como elas eram se tratando de suas linhagens.
No ano de 1864, quando a Princesa Isabel tinha 18 anos de idade, dois netos do rei da França, Luís Filipe, chegaram ao Brasil para conhecer as princesas – eram eles Gastão de Orleans e Augusto de Saxe.
De acordo com a história, o intuito de D. Pedro II era que a Princesa Isabel se casasse com Augusto de Saxe, mas ela relatou que seu coração já havia feito sua escolha – sendo Gastão de Orleans o pretendente escolhido.
Com isso, no dia 15 de outubro de 1864, a Princesa Isabel se casou com o Príncipe Gastão de Orleans. O cortejo de casamento dos dois saiu do Palácio São Cristóvão e se dirigiu até a capela do Paço Imperial – onde seria realizada a cerimônia.
Após casados, Isabel e Gastão passaram a morar em Laranjeiras (que agora é o atual Parque Guanabara, Rio de Janeiro) e passavam seus verões juntos na cidade de Petrópolis – Rio de Janeiro.
A Princesa Isabel teve um total de quatro filhos com o Príncipe Gastão. Dos quatro, havia apenas uma menina. Infelizmente, ela nasceu sem vida.
Em seu aniversário de 25 anos, a Princesa Isabel fez seu juramento à Constituição. Ela se tornaria a primeira senadora do Brasil, conforme a Constituição brasileira que foi definida em 1824.
No Museu Imperial de Petrópolis é possível conferir uma tela que foi pintada retratando o exato momento em que a Princesa Isabel realiza o seu juramento.
Foi em seu período de regência, quando pai precisava viajar, que ela assinou a primeira Lei, a do Ventre-Livre. Isso aconteceu no dia 28 de setembro de 1871, em sua primeira vez como princesa regente.
Quase 5 anos depois, ela tomou a regência novamente pelo período que seu pai se ausentou e, nesse período, buscou diversas melhorias para o país.
Foi em sua terceira vez como regente, em 1888, que a Princesa Isabel assinou a famosa Lei Áurea – responsável por libertar de uma vez os escravos brasileiros. Por conta disso, ela ficou conhecida como A Redentora.
Claro, essa Lei não agradou os grandes escravocratas e isso resultou em muitos problemas para o Império. E, não muito tempo depois, em 15 de novembro de 1889, o Brasil proclamou a República. Nisso, todos os membros reais foram exilados.
No exílio, Isabel e sua família seguiram para a França, onde viveram até o dia de sua morte.
Em 14 de novembro de 1921, na Normandia, França, a Princesa Isabel faleceu. Com a revogação do exílio da família imperial sendo feita em 1920, foi possível que, no ano de 1953, A Princesa Isabel fosse transportada até o Brasil, onde viveu boa parte de sua vida e onde nasceu, para que fosse enterrada com seu marido.
Gastão havia sido enterrado no Mausoléu da Catedral de Petrópolis, e foi para lá que os restos mortais de Isabel foram levados para que ela tivesse o seu descanso.
Apesar de ter morrido depois de sua esposa, Gastão havia morrido em terras brasileiras, no Rio de Janeiro, e por isso conseguiu ser enterrado por lá muitos anos antes de Isabel.
A catedral ainda existe e é possível visitá-la e conhecer um pouco mais sobre a história de nosso país.
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